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BIODANÇA, MEMÓRIA E VIDA



16 de abril de 2011

Homenagem a um anjo que virou estrela

O filme Dreams do Akira Kuroswa, me foi apresentado pela minha filha  no ano do centenario do Van Gogh, em 1989. Ela tinha 9 anos e viu o filme na escola. Compramos a fita. Vimos muitas vezes. Vou falar dele para fazer uma homenagem a uma senhora linda que se despediu hoje desta vida e com certeza virou um anjo, uma estrela que brilhará no céu sempre, como referência de vida.

O filme Dreams consta de seis ou sete sonhos, uns terríveis, assustadores, realistas demais e outros suaves, maravilhosos, esperançosos. Em um dos sonhos, o viajante entra no quadro do Van Gogh que ganha vida. Fantástico! Conversa com o artista e nos impressiona. Mas o sonho que eu mais gosto é o Povoado dos Moinhos.

Este povoado era um lugar lindo, com riachos de aguas cristalinas, sem luz elétrica, natureza em perfeita sintonia com os homens. O viajante, personagem do filme, encontra um senhor muito idoso, centenário, e ele conta que lá não tem luz elétrica, mas "para quê", pergunta o senhor. Explica que os habitantes daquele lugar vivem em sintonia com a  natureza. Quando o sol levanta eles levantam também. Quando o sol se põe eles dormem. Explica que não precisam enxergar nada de noite. Que noite é noite e se não fosse assim não teria nenhuma graça. Surge, então uma espécie de procissão. As pessoas dançavam, cantavam, faziam barulho com guizos. Estavam alegres. O viajante perguntou ao senhor se era uma festa. Ele disse que era uma procissão e explicou que lá, quando uma pessoa que viveu muitos anos morria, eles agradeciam pelo tempo que aquela pessoa passou com eles, pela contribuição que ela deu. Era uma despedida feliz por terem convivido com aquela pessoa.

Assim eu sinto. O anjo do meu prédio foi para o meio das estrelas. E ela se chama Áurea que significa coberta de ouro, que brilha no céu iluminado.

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